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Governo Lança Projeto Para Levar CEP às Periferias do Brasil

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Iniciativa ‘CEP Para Todos‘ é inaugurada com projeto piloto em São Paulo e Rio de Janeiro e deve chegar a todo o país até 2025. No último sábado (21), o governo federal deu início ao projeto “CEP Para Todos”, que busca resolver um problema histórico nas periferias do Brasil: a falta de códigos de endereçamento postal (CEP) em áreas de comunidades e favelas. O projeto começou em São Paulo, contemplando 72 ruas de periferias da cidade com a criação de CEPs.

A ação faz parte de um plano maior, cujo objetivo é garantir que moradores de favelas e assentamentos informais tenham endereços formais, facilitando o acesso a serviços essenciais, como recebimento de correspondências e entregas. Além disso, o governo destaca que essa iniciativa é uma forma de cidadania, uma vez que oferece dignidade e inclusão social.

Imagem: Senado Federal

O Desafio da Ausência de CEP no Brasil

Atualmente, cerca de 8,5% da população brasileira, o equivalente a 17,1 milhões de pessoas, vivem em áreas sem CEP, de acordo com os Correios. Esses números representam uma barreira significativa para a integração de milhões de cidadãos no sistema postal, e o novo projeto busca enfrentar esse problema diretamente.

As primeiras comunidades beneficiadas em São Paulo são:

  • Scorpions
  • Santa Cruz
  • Bananal
  • Nova Conquista
  • Morro da Lua

O plano é expandir o programa para grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro ainda em 2024, com previsão de abrangência nacional até 2025. O cronograma completo depende da agenda presidencial para o lançamento oficial. A ação está sendo coordenada pela Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, em parceria com os Correios.

Impactos da Falta de CEP

A ausência de CEP em áreas periféricas gera uma série de dificuldades, não apenas para os moradores, mas também para a gestão pública. Um dos problemas mais evidentes é a dificuldade de coletar dados precisos para pesquisas como o Censo Demográfico, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Sem um endereço oficial, muitas áreas ficam de fora das estatísticas, prejudicando o planejamento de políticas públicas e a alocação de recursos em favelas e assentamentos.

Esses dados são essenciais para que os governos federal, estadual e municipal possam desenvolver projetos de infraestrutura, segurança e outros serviços básicos. Portanto, além de facilitar a vida dos moradores, a implementação de CEPs tem um impacto positivo no mapeamento e na organização das cidades.

CEP Como Ferramenta de Inclusão Social

Paulo Penha, diretor de Operações dos Correios, enfatiza que o CEP não é apenas um número, mas uma ferramenta crucial para a integração social e mercadológica. Ele explica que muitos moradores dessas regiões não conseguem acessar serviços públicos ou realizar cadastros sem um CEP. Além disso, a falta de um endereço formal pode dificultar a busca por emprego ou até mesmo a compra de produtos e serviços.

“A pessoa sem CEP fica excluída de vários direitos e oportunidades. Com o ‘CEP Para Todos‘, buscamos corrigir isso, permitindo que essas pessoas se cadastrem para receber correspondências, participar de programas sociais e ter mais chances no mercado de trabalho. É um passo importante para garantir dignidade postal e inclusão social”, afirma Penha.

Expansão Nacional

A meta do governo é estender o projeto a todas as grandes cidades do Brasil até o fim de 2024, para então, em 2025, alcançar áreas rurais e comunidades menores. Com isso, milhões de brasileiros poderão finalmente ser incluídos no sistema postal do país, o que deve melhorar significativamente a qualidade de vida dessas pessoas.

A implantação do CEP em áreas periféricas também é uma forma de garantir que essas localidades sejam reconhecidas oficialmente e recebam mais investimentos em infraestrutura, saúde, educação e segurança. A expectativa é que a criação de endereços formais nessas áreas ajude a reduzir a desigualdade social e a melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.

Além disso, o projeto abre caminho para o desenvolvimento econômico dessas regiões, uma vez que a existência de um endereço formal facilita o acesso a serviços de entrega, compras online e até mesmo a instalação de empresas e serviços locais.

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