Hoje, 3 de outubro, chega ao fim o horário eleitoral obrigatório do 1° turno das eleições municipais de 2024. Este momento marca o encerramento de uma fase importante, onde candidatos à Prefeitura e à Câmara Municipal tiveram a oportunidade de expor suas propostas e tentar conquistar a confiança dos eleitores. Abaixo, explicaremos como foi a dinâmica desse período de propaganda, as desigualdades na distribuição de tempo entre os candidatos e o que podemos esperar para o segundo turno, caso ocorra.
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A Importância da Propaganda Eleitoral Obrigatória
A propaganda eleitoral obrigatória é um mecanismo garantido pela Justiça Eleitoral que oferece a todos os candidatos um espaço em rádio e TV para que apresentem suas ideias. Esse tempo de mídia é fundamental para que os eleitores possam conhecer melhor as propostas e as trajetórias dos candidatos, o que muitas vezes é decisivo na hora de votar.
Como Funciona o Horário Eleitoral?
O período de propaganda eleitoral começou no dia 30 de agosto, com a divisão dos programas em horários fixos tanto no rádio quanto na televisão. Abaixo, estão os horários em que as propagandas foram ao ar diariamente:
Rádio:
Televisão:
- 13h às 13h10
- 20h30 às 20h40
Esses horários foram cuidadosamente escolhidos para atingir o maior número possível de eleitores, alcançando públicos diferentes ao longo do dia. Com a exibição em quatro inserções diárias, a intenção foi maximizar o alcance das mensagens dos candidatos.
Desigualdade na Distribuição do Tempo de Propaganda
Embora a propaganda eleitoral obrigatória tenha como premissa garantir espaço para todos, na prática, a distribuição do tempo nem sempre é justa. Em São Paulo, por exemplo, essa disparidade ficou evidente. O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), teve o maior tempo de TV, somando 6 minutos e 30 segundos por inserção. Em contrapartida, alguns de seus concorrentes tiveram muito menos tempo para expor suas propostas. Veja como foi a divisão entre alguns candidatos:
- Ricardo Nunes (MDB): 6 minutos e 30 segundos
- Guilherme Boulos (PSOL): 2 minutos e 22 segundos
- Tabata Amaral (PSB): 30 segundos
- José Luiz Datena (PSDB): 35 segundos
- Pablo Marçal (PRTB): sem tempo de propaganda
Essa distribuição desigual coloca alguns candidatos em grande desvantagem, pois a visibilidade de suas campanhas fica restrita em comparação aos que têm mais minutos de exposição.
Consequências da Desigualdade no Tempo de Mídia
Essa diferença no tempo de propaganda tem impactos diretos na campanha dos candidatos. Quem possui mais tempo, como Ricardo Nunes, consegue reforçar suas mensagens com maior frequência, criando mais chances de se conectar com os eleitores. Já aqueles com pouco ou nenhum tempo, como Pablo Marçal, encontram dificuldades em divulgar suas ideias e se manterem competitivos. Essa desigualdade na exposição pode influenciar significativamente o comportamento do eleitorado, já que candidatos com menos tempo de mídia muitas vezes não conseguem ter o mesmo alcance ou impacto.
Expectativas para o Segundo Turno
Com o término da propaganda obrigatória do primeiro turno, as atenções agora se voltam para a possibilidade de um segundo turno. Caso nenhum candidato atinja a maioria absoluta dos votos, a propaganda eleitoral será retomada a partir de 11 de outubro e seguirá até o dia 25 do mesmo mês.
Nova Configuração para o Segundo Turno
No segundo turno, a dinâmica da propaganda muda consideravelmente. Diferente do primeiro turno, onde o tempo é distribuído conforme o desempenho dos partidos em eleições anteriores, no segundo turno o tempo de propaganda é dividido igualmente entre os dois candidatos finalistas. Essa nova regra garante um equilíbrio maior, permitindo que ambos os concorrentes tenham as mesmas oportunidades de apresentar suas propostas.
O Que Podemos Esperar?
Com o fim da primeira etapa da propaganda, o cenário político pode passar por mudanças significativas, principalmente em cidades com eleições apertadas. O segundo turno traz uma nova oportunidade para os candidatos se reconectarem com o público e corrigirem os pontos que não foram bem explorados no primeiro turno. Além disso, com a divisão igualitária do tempo de propaganda, os eleitores terão acesso a debates mais equilibrados, onde as propostas dos dois finalistas poderão ser comparadas de forma justa.