O Governo Federal lançou um novo projeto de auxílio à população que deseja adquirir sua casa própria. A proposta inclui o repasse de verbas que serão distribuídas entre estados e municípios, com a expectativa de beneficiar centenas de famílias, especialmente aquelas que enfrentam dificuldades habitacionais recentes. A seguir, entenda como funciona e quem poderá participar dessa iniciativa.
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Verbas para Construção de Moradias: Quem Será Beneficiado?
O Ministério das Cidades confirmou que destinará recursos para a construção de casas, com foco nas pessoas que perderam suas moradias devido a desastres naturais, como enchentes. Essa ação faz parte de um compromisso do governo em apoiar a recuperação das famílias afetadas, especialmente no Rio Grande do Sul, uma das regiões mais impactadas.
De acordo com Jader Filho, ministro das Cidades, o objetivo é trabalhar em conjunto com os gestores locais para garantir que as moradias sejam entregues de maneira eficiente: “Estamos empenhados em devolver as casas para as famílias gaúchas que perderam tudo. Contamos com a colaboração dos gestores locais para que isso aconteça o mais rápido possível.”
Como Funciona o Subsídio do Governo?
As famílias que se enquadrarem nas faixas de renda do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) poderão receber um subsídio de até R$ 150 mil para a construção de novas moradias. Esse benefício é voltado principalmente para quem perdeu suas casas nas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul recentemente.
Para ser contemplado com o benefício, é necessário que a família tenha um terreno próprio ou que o imóvel a ser construído esteja em nome da família. Além disso, é preciso atender aos critérios de renda das Faixas 1 ou 2 do MCMV, que estipulam uma renda bruta mensal de até R$ 4,7 mil. O repasse dos valores será feito através de transferência direta da União para os estados e municípios que apresentarem projetos de habitação na plataforma TransfereGov.
Programa Porta de Entrada: R$ 70 Milhões em Investimentos
Além da ajuda do governo federal, o estado do Rio Grande do Sul lançou em setembro o programa “Porta de Entrada“, destinado à compra de novas unidades habitacionais. Esse projeto prevê um investimento de R$ 70 milhões, com a expectativa de adquirir 3,5 mil imóveis para famílias em situação de vulnerabilidade.
Desse montante, R$ 50 milhões vêm do Tesouro Estadual e R$ 20 milhões foram destinados pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Para se inscrever no programa, as famílias devem atender a critérios como:
- Necessidade urgente de moradia;
- Ausência de alternativa habitacional adequada;
- Situação de indisponibilidade financeira no momento.
As prefeituras locais serão responsáveis por verificar as informações das famílias para que possam ser contempladas pelo programa.
Minha Casa, Minha Vida: Como Funciona o Financiamento?
O programa Minha Casa, Minha Vida é conhecido por oferecer condições especiais de financiamento de imóveis, de acordo com a renda das famílias. Ele é dividido em três faixas principais, que definem o valor do subsídio e o limite do imóvel que pode ser adquirido.
Faixa 1
Essa categoria atende famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640,00 em áreas urbanas ou até R$ 31.680,00 anuais em áreas rurais. Os imóveis financiados nessa faixa podem variar entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, conforme a localidade.
Faixa 2
Voltada para famílias com renda entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400,00 mensais em áreas urbanas, ou entre R$ 31.608,01 e R$ 52.800,00 anuais em áreas rurais. O valor dos imóveis nessa faixa também varia entre R$ 190 mil e R$ 264 mil.
Faixa 3
Para famílias com renda mensal de até R$ 8.000,00 em áreas urbanas, ou até R$ 96.000,00 anuais em áreas rurais. Nessa faixa, o valor máximo do imóvel pode chegar a R$ 350 mil, independentemente da localidade. Há ainda expectativa de que, em 2025, o programa seja expandido para incluir uma nova faixa de renda, ampliando o número de famílias atendidas.